Correu com medo nos olhos e asas nos pés.
Pediu proteção de santo à Deus Hindu.
Já começava a sentir saudade dos filhos, netos e cães.
Sentia o coração bater na boca e os pêlos arrepiarem.
Corria e desfazia nó de gravata, gola, terno importado...
Ouro no pescoço e braços, confundiam-se ao sol que
teimava em molhar o corpo e secar o chão.
Corria.
Corria como na infância, fungindo do vizinho que jurava
matá-lo, pelo vidro da janela quebrado da sala.
Corria como na falculdade, prá alcançar o ônibus de volta prá casa...
Mas quase sem forças, com as asas cansadas e alma salgada, decidiu parar.
Deixou de fugir e sentiu o gosto do corpo nu, no chão.
Bocadocorponamão!
domingo, 29 de julho de 2007
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Um comentário:
deixou de fuigr.
volta a correr sem fuga para um vôo.
para o estudo do quase vôo.
corra.
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