segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
con(versa)mole
ano novo, até que se pá eu piro.
ano novo ante(cipa) mais velho.
...
números.
números.
nu(meros).
...
velhos.
velhos.
veloz.
...
domingo, 30 de dezembro de 2007
sábado, 29 de dezembro de 2007
O Haver - Vinicius de Moraes
O Haver
Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
- Perdoai! eles não têm culpa de ter nascido...
Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo que existe.
Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer balbuciar o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.
Resta essa comunhão com os sons,esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius
Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir na madrugada passos que se perdem sem memória.
Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera cega em face da injustiça e do mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de sua inútil poesia e de sua força inútil.
Resta esse sentimento da infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa tola capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem de comprometer-se sem necessidade.
Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será e virá a ser
E ao mesmo tempo esse desejo de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não têm ontem nem hoje.
Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante.
E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.
Resta essa obstinação em não fugir do labirinto
Na busca desesperada de uma porta quem sabe inexistente
E essa coragem indizível diante do grande medo
E ao mesmo tempo esse terrível medo de renascer dentro da treva.
Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem história
Resta essa pobreza intrínseca, esse orgulho, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.
Resta essa fidelidade à mulher e ao seu tormento
Esse abandono sem remissão à sua voragem insaciável
Resta esse eterno morrer na cruz de seus braços
E esse eterno ressuscitar para ser recrucificado.
Resta esse diálogo cotidiano com a morte, esse fascínio
Pelo momento a vir, quando, emocionada
Ela virá me abrir a porta como uma velha amante
Sem saber que é a minha mais nova namorada.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
(...)
Sim, está bem.
Tá beleza.
Tem novas cores...
Listras.
Companhia.
Bebida.
Cerveja.
Tem rosa,
Roxo,
Flores,
Mar...
Vários vestidos para usar.
Estica sobre a cama,
vai para sala.
Tem na mesa,
na escada...
Até na sacada.
Veste todos.
Passeia feito valsa.
Enxerga no espelho,
e permite uma nova Lara...
1
2
3
Ela voa pela sacada!
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
domingo, 23 de dezembro de 2007
ume(decido)
ando
levando
um manto
que não leva
leve eu.
deito.
tento
do eixo Buda
manter minha bunda confortável.
diálogos com travesseiro.
cheiro de baba.
saliva, água...
mesmo assim eu deito.
nana.
nenê chora.
acorda.
é nada (?!).
no peito
há leite.
sem proteção
o bico escorre,
molha seu ventre.
escorre mãe.
corre amor.
esc na tecla do
com puta dor.
...
eu levo.
levanto a vida sem tretas.
decido ela úmida,
não seca em minhas tetas.
domingo, 16 de dezembro de 2007
.DE DOMINGO.
sábado de tarde. de chuva. de céu. de cinza. de nuvens carregadas. de janelas fechadas. de vento. de a gente na sala. de biscoito com chocolate quente. de filminho bom. de "Amelie Polain". de "Vou para casa". de "Café da manhã em Plutão". de "A má educação". de vontade de dormir. de braços e abraços. de meu ouvido no seu peito. de coração batendo. de cochilo bom. de algumas horas depois e...
de domingo na praça. de crianças correndo. de cães. de pipoca. de algodão doce. de coreto. de Liberdade. de guirlandas pelo imenso corredor arborizado. de "eu sou de você". de algumas voltas. de ar livre. de céu aberto. de tempo bom. de cine belas artes. de uma sessão à dois. de documentário sobre o "Corpo". de volta pra casa. de chocolate com biscoito. de tv. de programas de domingo. de "curta". de banho à dois. de sarro. de sala. de sala. de Nouvelle Vague. de Cibelle. de alguns livros. de poemas. de sono. de cama. de risadas. de domingo. de noite. de lua. de sombra...
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
(re)port.
sexo cura.
fumar cigarro é amor porque dá prazer.
cachimbo da paz é doutrina indígena.
ler os evangelhos é muito bom.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Pessoal
quatro.
eu, tu, ele, nós-quatro.
quatro cantos, quatro paredes.
quatro identidades...perdidas?
encontradas.
quatro, quatro faces;
quatro verdades.
quatro.
o quadro, quadrado:
quatro lados.
sem saída, os quatro cantos da moldura limitam o mundo dentro de
quatro lados.
os quatro,
nós quatro.
diferentes entre si
somos um...
somos quatro,
gritamos para ter a voz.
cada um dos quatro é quadro emoldurado,
tem história pra contar
e conta.
cada um tem sua vez. voz que fala
também cala.
sai da sala,
dá a vez.
mas quatro vezes quatro, não são quatro(?)
quatro vezes, digo: não há lógica.
os quatro são, vezes quatro, vezes um...
de quatro em quatro, Pessoa encheu o prato.
prato cheio,
estão, os quatro emoldurados.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
¨¨¨¨
em zero a matemática não me enche o saco.
de grão
em grão a galinha e outros bichos ficam de papo.
de papão.
conversam aos cacarejos,
não preferem subtração.
somam tudo na moela
as moedas ciscadas no chão.
quem vive no nível baixo da cidade
recebe um tapa
ou um mamão?
sábado, 24 de novembro de 2007
tRânsiTo
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
QUEMErDA
o que me quer?
se tenho dois, duas. tenho mer... (respire fundo).
Méééér faz o animal
que vira churrasco, vem pro meu prato, pro meu garfo
e vira mer...
no meu estômago ele é...
é...
eu tomo mé, e no café da manhã não tenho chulé; pois tomei banho antes, né?!
vou pro banheiro fazer o privado.
o cocô que comi ontem.
o animal que grita Méééééér...
Merdaaaaaaaaa...
de dois
de duas
RETRATO
ou
eu, do lado de (lá) fora
ou
eu, dentro
ou
eis-me que ninguém me vê
ou
janelas do meu quarto.
domingo, 21 de outubro de 2007
quemer...
quemerda
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
To/be.
Uns acreditando que é impossível sentir (qualquer coisa por outra pessoa), sem tê-la por perto.
Enquanto outros, relatavam suas experiências fantásticas em "contacto" com o virtual.
Então perguntaram: "E aí, Lara? O que acha disso tudo?"
- Acho válido, acho bonito e sinto sempre. Sinto longe, sinto perto, só não me privo de sentir.
Silêncio.
Uns deram continuidade no papo, enquanto a-fulana-que-fez-a-pergunta dava uma golada no Guaraná e eu tirava da bolsa, o celular pra falar que estava com saudade.
sábado, 29 de setembro de 2007
Folklóre
achei bonito o telefone tocar
achei bonito o trem correr na linha, meu bem
achei bonito o avião parar no ar
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
sábado, 22 de setembro de 2007
Para Uma Saudade Gorda
Como muito diante da televisão.
Não faça nada.
Durmo,acordo, como , assisto, acordo, durmo, como.
Pareço aquela gorda de bobs nos cabelos e sexualidade embutida.
Nada sou disso
disso sou apenas muita saudade
uma coisa que me paralisa
e me põe por horas desse jeito.
Quero só um telefonema,
sua voz, e eu emagreço rápido
visto calcinha preta
o bico do peito endurece
empurro prá lá o prato de brigadeiros
sem perdão
e o tesão vai pessoalmente
desligar a televisão.
[Elisa Lucinda]
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
terça-feira, 18 de setembro de 2007
ENCONTRO DE DOIS
cara a cara
e quando estiveres perto
eu arrancarei teus olhos
e os colocarei no lugar dos meus
e tu arrancarás meus olhos
e colocarás no lugar dos teus
e então, eu te olharei com teus olhos
e tu me olharás com os meus.
[LISPECTOR, Clarice]
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
À fogueira!
PRONOMINAIS
convergência de pronomes pessoais
em uma única palavra:
----------------------- euvocê
----------------------- vocêeu
mistura, hibridização, contaminação recíproca
de um pelo outro, de eu por você, de você por eu
numa coisa só (êxtase do objeto)
síntese ideal do desejo.
instrumento de negociação para ações
de uma alteridade incorporada, em fuga.
domingo, 16 de setembro de 2007
INEXPLICATA
Siamo tutti fuditti
Me cansa l'estresse
Stalactite - stalagmite
Maledetto mondo cane
Comme ci, comme ça
I mafiosi di Miami
Bailando la salsa...
Mens sana in vitro vivendi
Yo soy un hombre caliente
Voglio fare l'amore
Cinecittá, sine qua non
Non non nochalance
Qu'est ce que tu penses?
Umberto Eco echo echo
Allegro, allegro... ma non treppo!
Curriculum grafitti
Schnell! andiamo! vite!
Animus anima mundi
Madonna mia, Mia Farrow
La pasta y la tonta
La cafona y la cornuta
Hay govierno soy contra
Das kleine wonder puta
Res inexplicata volans...
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
TERRA REDONDA
A sede dos pobres? A fome dos ricos? As tempestades?
E se for isso tudo,
de uma só vez,
misturado?
: Uma pedra se formaria.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
(MUTE)LINGÜISMO
jeg kan ikke tale dansk
no hablo español
en puhu suomea
je ne parle français
ik spreek geen nederlands
nem beszélek magyarul
i can't speak english
non parlo italiano
jeg snakker ikke norsk
nie mówie po polsku
jag talar inte suenska
nemluvím çe sky
alguém aqui fala português?
domingo, 9 de setembro de 2007
Parafraseando Vinícius...
Bebamos além, bebamos
Acima do além, Bebamos!
Com a posse física dos copos
Inelutavelmente sorveremos
O grande mar de lúpulo
Através de saideiras sem fim.
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
dE (az)uL
eterno azul de ser
de ser a cor do som
de ser o som do amanhecer
e amanhecer em vários tons
de azul.
sábado, 25 de agosto de 2007
PRóLoGo
C O N S T E L A Ç Ã O D O C É U D A B O C A
arqui-
pé-
lago-
de luz mascável.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
(sent)indo.
Inda na minh'alma existe,
Como um perfume perdido,
Nas folhas dum livro triste.
Perfume tão esquisito
E de tal suavidade,
Que mesmo desaparecido
Revive numa saudade!"
(Florbela Espanca)
terça-feira, 21 de agosto de 2007
céuazuldefrio.
Entre sorrisos, luz quebrada e espera(nça), ouço Dinah:
"What a difference a day made
And the difference is you(...)".
Sou mulher de mar, abismos.
Há mar em mim.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
terça-feira, 14 de agosto de 2007
felizes pra sempre!
e viveram felizes pra sempre!
mas o sempre é agora
amanhã é outra estória!
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
OpçãoDesmontada
Ar-dor
que agora clareia quarto e parede.
Tinha som no corpo e sal na alma de dançar.
domingo, 12 de agosto de 2007
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
É só perceber
uma outra dimensão
é só perceber
uma outra dimensão
destacável,
observável
e até maleável
e também flutuante
que num rompante
[crack-taplovisk]
aquele fio de barbante
dá um nó na boca da bola,
que é vermelha e redonda.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Domingo que dá.
Domingo sem teu som é domingo demais.
Domingo de nota.
Domingo que dá DÓ!
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
comforça
Colar meu rosto no céu...
Riscar com velocidade meu auto-retrato com tamanho de céu.
Ser nu para os seus olhos e primeiro plano para os que falam com Deus.
Vou estampado e, com caras muitas serei de todos.
Serei DeEUS.
Bela
DF
****************************
Bela
Fim de jogo.
Romance triste,
com calma persiste
em se afogar.
Desejo-te livre
desimpedido
triste e combalido.
Convalesço da tara,
de te possuir nua
calma e translúcida.
Fique tranquila,
não te machucarei.
Apenas te darei
o que me pedes em troca.
DF
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
em um mundO e fOra dele.
Esta é minha primeira postagem e é muito bom poder compartilhar minhas sensações com todos!
em um mundO e fOra dele
Vamos brincar de ver estrelas?
Falar de sonhos e de chocolate
de boca e de livro
falar de riso
disso e daquilo!
Gritar para o mundo
baixinho no ouvido!
E ver desenhos de algodão-nuvem-doce
Sem notar que o sol já chegou!
É só você abrir a porta.
Obrigada pelo convite moça...E já comece a preparar alguma coisa para o meu umbigo.
"And the day came when the risk to remain tight in a bud was more painful than the risk it took to blossom." Anaïs Nin
Você não me odeia. Não me odeia, e não faz essa cara de blaseé pra mim porque sabe muito bem que eu estou por perto, e que vou estar por perto, e que vou sentar do seu lado, e que vou falar no seu ouvido e que vou te tirar do sério ainda tantas vezes, que agora, você não me odeia, de fato, não me odeia, e sabe muito bem (sabe sim) que no fundo nós somos iguais, eu com medo da vida, você com medo das pessoas, mas enquanto eu jorro um milhão de palavras por minuto, você abaixa a cabeça e se cala (no seu silencio absolutamente ensurdecedor), ou prevendo o pior ou com medo de que um dia alguém invada sua calma.Eu invadi, e não tem mais volta, e não tem mais tempo, e você não pode mais se dar ao luxo de ser orgulhoso e não querer ser feliz,mas você vai, e eu vou ser responsável por grande parte disso, eu e minha egotrip sem tamanho, e meu balançar de cabelo reorganizando o mundo a sua volta, e minhas musicas,meus vestidos baratos, meu pavor de acordar ao seu lado me ver toda sua e ao ver que sou sua não querer ser de mais ninguém.
Quando eu fui embora e não consegui olhar nos seus olhos, remoí todos os segundos de cativeiro no seu mundo e a sensação do meio agora me emudece.
Eu acho que amo você.
E você PRECISA deixar com que eu te ame.
terça-feira, 31 de julho de 2007
Quem segura?
.
e
.
não deixe de .c
no................a
samba!.,,......,,,,i
...........,,..........r
antonioni morre
morre antonioni
antonioni morre
morre antonioni
antonioni morre
morre antonioni
antonioni morre
morre antonioni
antonioni morre
morre antonioni
antonioni morre
CAminhOS e CAMinhÃO
Eu da chuva.
Ele no carro que não pegava.
Eu pegava chuva.
Ele me olhou de dentro. Pegou, pediu ajuda.
Eu quase sem força, energia. Entreguei a mão.
Empurrei seu carro como quem usa a mesma força pra empurrar caminhão.
Já estava no quase do sem força (lembra?), agora era eu pedindo uma mão.
Peguei uma carona.
Um novo caminho.
Ele já pegava velocidade, caminho distante.
Um novo horizonte.
Um caminhão.
Estrada. Eu. Ele. Ão.
segunda-feira, 30 de julho de 2007
Bergman morre
morre Bergman
Bergman morre
morre Bergman
Bergman morre
morre Bergman
Bergman morre
morre Bergman
domingo, 29 de julho de 2007
Sol(idão).
Pediu proteção de santo à Deus Hindu.
Já começava a sentir saudade dos filhos, netos e cães.
Sentia o coração bater na boca e os pêlos arrepiarem.
Corria e desfazia nó de gravata, gola, terno importado...
Ouro no pescoço e braços, confundiam-se ao sol que
teimava em molhar o corpo e secar o chão.
Corria.
Corria como na infância, fungindo do vizinho que jurava
matá-lo, pelo vidro da janela quebrado da sala.
Corria como na falculdade, prá alcançar o ônibus de volta prá casa...
Mas quase sem forças, com as asas cansadas e alma salgada, decidiu parar.
Deixou de fugir e sentiu o gosto do corpo nu, no chão.
Bocadocorponamão!
terça-feira, 24 de julho de 2007
Lambão
Eu lembro bem do seu dedinho.
Vermelho assim eu lembro mais.
Vermelho assim eu lambo mais.
Eu chupo assim, igualzinho pirulito.
É um amigo dentro da boca,
e sobram quatro pra desbocar por outras bandas...
ei ei ei yeah yeah yeah
Não há estratégias na edição deste mês.
Combinados de Y e X não funcionarão.
Hoje você vai dançar a força, junto de uma forca.
Grite e curta a emoção do jogo.
Dance!
Dance!
Vença o Mestre.
Telefonia Matemática
E os cálculos topam sempre com desenhos parecidos.
quarta-feira, 18 de julho de 2007
inspirAÇÃO
Os pensamentos se atrasam
e as letras brigam entre si.
Acho que nada mais sei.
Não sei escrever sobre o que sinto
e mesmo em dúvida me sirvo.
Falta cor na tela branca,
falta rima, pano, manga.
Agora, em mim me encerro:
um micro-ponto no mundo
onde ainda resiste o acerto.
Só não se sabe até quando.
Até quando sabe o certo,
fica dentro, centro aceso.
O aceso move e vira acervo,
fica dentro e assim se faz.
CJ e Larissa Minghin.
Um dia como outro
inventar mundos no meu imaginário...
Posso querer de tudo um pouco,
e aos poucos um pouco de tudo.
Querer sempre mostrar aos outros,
partes que nem mesmo eu conheço.
Mandar lembranças de um dia ruim,
E nem se quer ver o fim.
Algumas coisas são feitas pro eterno,
tiradas de um grande coração.
Palavras são só alguns detalhes,
que talham essa paixão.
domingo, 15 de julho de 2007
Poesia-banana
Noite sem sono, saco, pão, nem casca.
Poesia-banana
Que me pesa os olhos e o corpo no chão
sem casca, sem pele, sem saco, sem pão.
Poesia-banana
Não deixa deitar pra levantar, leve andar.
Poesia-banana
Que não se digere e nasce do olhar embotado,
rosto cansado e mãos a pedir.
Ela tira da cama
a boca que teima, o tato que caça e
o olhos que não conseguem fechar.
"Não deita!
Escreve poeta!
Digere a banana!"
Como será a noite dos que preferem maçãs?