Sabe, você move minhas paixões. Não há mais espelhos por aqui e o gosto da pasta de dente me enjoa. Pela manhã, essa luz morna não ajuda em nada. Começa a me assombrar a memória das seringas. Sempre fui muito independente, não gosto que ninguém faça nada por mim, eu mesmo me pico. Minha mãe não gostava de ouvir, ela não enxergava as velhinhas, mas estavam todas lá. Tão boazinhas, com aqueles xales coloridos e os cabelos branquinhos, branquinhos, cantando para me fazer dormir. Não chore, mamãe, elas são boazinhas, me fazem muita companhia. Acho que agora já podem me soltar, quero voltar pra casa e terminar o agasalho dele, o inverno este ano promete. E você sabe, sou movido a paixões. [a.v]
sábado, 22 de março de 2008
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