sábado, 22 de março de 2008

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Não consegui entender ainda se as escolhas traçam o destino, ou são só o caminho do destino já traçado? Não no meio do caminho, não, fui eu quem escolheu você, caminho que escrevi. Quando no calor da saliva optei, eu e os peixes daquele lago e os dejetos daquele lago e a alquimia naquele lago, transformando o sapo sujo na luminosa libélula. Não sabemos se é totalmente limpa, mas é leve, flutua no ar e em décimos de segundos suas asas transparentes. Dizem que ela tem poder. Creio, hoje creio no poder dos casulos, das formigas e das libélulas. Fui liberto pelas enzimas digestivas da sua saliva e o bater das asas das libélulas. Sabe, são as paixões. [a.v]

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